Muitos estudos científicos voltados para a compreensão da depressão trazem reflexões importantes na caminhada por ampliar os conhecimentos e possibilidades de tratamento deste fenômeno vivencial. Abaixo compartilho alguns trechos do estudo desenvolvido por Sílvia Maria de Carvalho Farias, Thamara Aparecida Vieira, Maria Odete Pereira, Márcia Aparecida Ferreira de Oliveira em 2010 que esclarecem alguns aspectos da depressão. Os fragmentos tem a intenção de informar características pertinentes à depressão.
A depressão é entendida como um estado de espírito caracterizado pelo declínio do humor. Um distúrbio mental que envolve adinamia, desânimo, sensação de cansaço, e cujo quadro clínico pode envolver angústia, ansiedade, apatia em grau maior ou menor de abatimento físico e moral. Esse mal atinge ambos os sexos sem distinção de raça, cor, religião ou escolha profissional. No Brasil, anualmente, cerca de três milhões de pessoas padecem de depressão, sendo que setenta por cento são do sexo feminino, o que pode ser justificado pela elevada prevalência mundial de mulheres, comparativamente à população masculina. A maioria não identifica a doença e o tratamento adequado para a remissão dos sintomas. A depressão é um transtorno mental em que as atividades físicas e psíquicas do ser humano são marcadas por extrema diminuição e decadência. Uma profunda tristeza se abate sobre o indivíduo, nada lhe suscita interesse, e com isso perde o gosto pela vida. Mesmo o trabalho, fonte de sua sobrevivência, que outrora realizava com interesse e vontade, torna-se extremamente desagradável e cansativo. A doença o incapacita de tomar decisões, porém sua capacidade intelectual permanece intacta, e mesmo parecendo isolado, o depressivo mantêm grande e rápida percepção e tudo é vivenciado com grande intensidade, fazendo com que o dia-a-dia seja permeado por percepções sempre muito negativas.
As pessoas deprimidas costumam não procurar ajuda médica devido aos próprios sintomas causadores da enfermidade como: falta de energia, adinamia, indecisão, insegurança, distimia e culpabilidade. Depressão por ser um transtorno do humor, pode evoluir para um transtorno maior se não for tratado, levando o individuo a um total estado de entrega à tristeza e desespero, traduzido em um transtorno afetivo grave, causando a perda de cognição do ser humano com a realidade. Na literatura, encontram-se descritos os seguintes tipos de depressão: transtorno depressivo maior, distimia, depressão integrante do transtorno bipolar I e II e depressão, como parte da ciclotimia. Os tipos mais graves são: transtorno depressivo maior e transtorno bipolar. Os sintomas clínicos da depressão são: humor depressivo, tristeza, perda de interesse ou prazer, perda ou ganho de peso significativo, insônia (no início, na metade ou no final do sono) ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada, indecisão ou capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se e, por fim, pensamentos de morte recorrentes. A depressão é essencialmente uma doença que se manifesta por Episódios Depressivos (grifo do autor) recorrentes e cada episódio geralmente dura de alguns meses a alguns anos, com um período normal entre eles. A Depressão pode seguir um curso crônico e sem remissão, especialmente quando não se procura um tratamento adequado, podendo ser causada por causas endógenas e exógenas ou o binômio inter-relacionado do meio interno com o meio externo. A depressão endógena é de origem biológica ou ainda por fatores genéticos, que associada às circunstâncias ou vivências adversas sobrevêm à depressão exógena. Podemos conceituá-la separadamente como: Depressão Maior e Depressão Reativa.
A redação apresenta muitas falhas, se prestarmos atenção àquilo que foi escrito. Deve ser reformulada a bem da clareza. A pontuação deixa a desejar. Não há necessidade de escrever a palavra depressão com inicial maiúscula se não for início do período. Há formas verbais no plural
com sujeito singular. Na frase “Os fragmentos tem a intenção de informar características pertinentes à depressão” tem sujeito plural e forma verbal singular.
Bastaria escrever “características da depressão”. O grifo deve referir-se a “episódios depressivos recorrentes”. A frase “com um período normal entre eles” é dispensável.
A partir daí a redação está confusa e um tanto absurda. Procurem reler. Observem, por exemplo: “A depressão endógena é de origem biológica ou ainda (qual o verbo aqui? o verbo ser deve ser subentendido?) por fatores genéticos, (vírgula colocada com erro) que associada às circunstâncias ou vivências adversas sobrevêm (forma verbal no plural para sujeito singular) à depressão exógena”. O “que”, no caso, é pronome relativo? “Podemos conceituá-la separadamente como: Depressão Maior e Depressão Reativa.” Conceituá-la separadamente????? Conceituar qual? A endógena? A exógena? Ou a depressão? Entendi que não se trata de “conceituar” e sim de “destacar” dois tipos. Por que separadamente? (São apenas algumas observações. Aprecio a linguagem inteligível. Talvez eu seja exigente, mas a confusão causa depressão).
Olá, Marian.
Agradecida por sua presença no nosso espaço. O texto que publiquei foi uma cópia de um artigo, na íntegra, de um artigo, conforme fonte informada, o qual não alterei a redação publicada. De fato poderíamos melhorar o texto com as suas considerações. Optei por deixar o texto conforme o autor publicou, uma vez que fiz referência da fonte.
Abraços fraternos
Andréia Chagas
O que importa é o sentido do que é a depressão e não se preocupar como é escrito e outros.